Na década de 1980, o artista faz pinturas que transgridem o suporte convencional, retangular ou quadrangular, para eleger a imagem de cada pintura como suporte-forma. Em Primeiras Considerações sobre Espaço e Tempo (1987), da coleção do MAC USP, Baravelli comenta situações daquele momento, como projetadas sobre uma tela de vídeo.
As pinturas recentes apresentam a mesma estratégia de composição: a trilogia imagem-suporte-forma, mas totalmente diferentes como resultantes. Ganham em intensidade sensual e emocional. A mulher, seu mistério e múltiplos símbolos são o território das pesquisas.
De diretrizes construtivas em seus trabalhos anteriores, como se fosse um pintor-arquiteto, desenha espaços de interiores e exteriores, com raras figuras humanas quase como aparições. Com Arte e Ilusão nº4 (2004) e Arte e Ilusão nº 7 (Polly), de 2004, o corpo feminino emerge entre planos geométricos, em desenho elegante e sensual, para ganhar uma consistência erótica.