O artista expõe quatro famosas obras na exposição Nave dos Insensatos, que fica aberta até o dia 17 de julho no MAC USP. Brasiliana 9 (1969) é emblemática de uma mudança na carreira de Amaral. A tela, que compõe a famosa série das bananas, reflete o momento da ditadura militar e AI 5.

Com Campo de Batalha 25 (1974), os dentes gigantes tornam-se formas mais abstratas de tecer comentários sócio-políticos. Já Monólogo (1989) é realizado num período de volta da democracia, e repete uma variedade das bocas, entremeadas com facas e garfos, que marcavam as telas dos anos 60, colocados dos dois lados de um grande peito e de uma corda.

Simbólica de suas obras dos anos 90, Armas (1992) revela um artista preocupado com a vida e com os destinos do mundo. A questão da violência aparece de forma sutil, quase abstrata e construtiva, entre dentes, nuvens e escadas pontiagudas.

Fotos: Valeuska de Vassimon